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Cacau, ovo, café e azeite: por que o preço dos alimentos aumentou?

Do UOL*, em São Paulo | 24/02/2025 05h30


Resumo da notícia


Preços de alimentos como cacau, ovo, café e azeite estão em alta devido a fatores como safra ruim, mudanças climáticas e alta do dólar.


Cacau sofre com oferta baixa por clima adverso na África e aridez no Brasil; demanda supera a oferta pelo terceiro ano seguido.


Ovos enfrentam alta de preços devido ao calor afetando a produção; café e azeite são impactados por problemas climáticos e economia globa.



O consumidor está percebendo: os preços dos alimentos no mercado estão subindo. Uma pesquisa da Quaest divulgada no domingo (16) mostrou que 8 a cada 10 brasileiros já notam a elevação dos alimentos. E a percepção é praticamente semelhante entre as classes sociais.


Dentre os produtos que sofreram uma alta nos últimos tempos estão o cacau, matéria-prima para o chocolate, o ovo, o café e o azeite — produtos muito utilizados nas cozinhas brasileiras. Safra ruim, mudanças climáticas e alta do dólar são alguns dos motivos que fazem com que esses produtos tenham preços mais elevados. Entenda mais sobre o cenário do cacau.


Cacau

Cacau colhido em área de cabruca no sul da Bahia, onde cresce à sombra de árvores nativas da Mata Atlântica. Imagem: Foto cedida por Patrick Bo?ttger
Cacau colhido em área de cabruca no sul da Bahia, onde cresce à sombra de árvores nativas da Mata Atlântica. Imagem: Foto cedida por Patrick Bo?ttger

A alta do preço está atrelada à baixa recorde do produto no mercado internacional. Segundo projeções do setor, a defasagem entre demanda e oferta deve se manter pelo menos até 2029 e pode favorecer os produtores brasileiros, mas só depois que a produção se equilibrar e viabilizar o consumo do produto.


O Brasil enfrenta aridez em regiões produtoras. O Nordeste, um dos principais territórios do cacau, tem enfrentado uma crescente aridez —uma secagem lenta, porém implacável, da terra. O cacau é produzido a partir das sementes do cacaueiro, que se desenvolve em climas úmidos. As plantações estão lutando para sobreviver nessas regiões de seca, assim como os agricultores que a cultivam. Essa secura progressiva não é apenas um fenômeno climático. Trata-se de uma transformação de longo prazo que pode ser irreversível.


Houve queda da produção de cacau na África. A Organização Internacional do Cacau reforçou que a queda na oferta global está relacionada à crise agrícola na Costa do Marfim e em Gana, países africanos que representam aproximadamente 54% da produção mundial de cacau. A África Ocidental enfrentou uma safra ruim do alimento devido a condições climáticas adversas e doenças devastadoras em plantações envelhecidas.


Crise climática e pragas são as responsáveis por uma colheita menor. Os efeitos das mudanças climáticas e da doença da vagem negra em plantios reduziu 20% da colheita na Costa do Marfim e 11% da de Gana.


Apesar da colheita baixa, a demanda ainda é alta. A Organização Internacional do Cacau explica que os preços subiram porque a oferta ficou aquém da demanda pelo terceiro ano consecutivo.


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