Entidades lançam marca para promover cacau brasileiro no exterior
- Choco News

- 21 de mar.
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“Cacau Brasileiro” tem foco em atrair olhares dos Estados Unidos e Europa e tornar o país autossuficiente na produção
Por Marcos Fantin — São Paulo
21/03/2025 18h10

Entidades ligadas à cadeia de produção do cacau no Brasil anunciaram a criação da iniciativa “Cacau Brasileiro - Gente, Floresta e Cultura”. A marca pretende promover a imagem do produto em mercados estratégicos, com foco nos Estados Unidos e na Europa, e a meta de colocar o Brasil entre os maiores exportadores de cacau sustentável e seus derivados até 2030. Atualmente, o país depende de importações para atender sua demanda doméstica.
A iniciativa é fruto de uma parceria entre a Associação das Indústrias Processadoras de Cacau (AIPC), a Câmara Setorial da Cadeia Produtiva do Cacau e Sistemas Agroflorestais, o Centro de Inovação do Cacau (CIC), o CocoaAction Brasil, a Federação da Agricultura do Estado da Bahia e o Instituto Arapyaú.
A iniciativa “Cacau Brasileiro” destaca que aproximadamente 80% da produção nacional tem origem agroflorestal, modelo no qual o cacau é cultivado em consórcio com outras espécies florestais. Além disso, no Brasil, o fruto é produzido principalmente por agricultores familiares e em pequenas propriedades. A iniciativa defende que o país adota práticas agrícolas que mitigam as mudanças climáticas, conservam a biodiversidade e geram prosperidade social.
A iniciativa realizará capacitações e treinamentos com produtores focados em práticas agrícolas sustentáveis para aumentar a produtividade e a atratividade do produto no mercado externo.
“Além de manter as florestas brasileiras em pé, o cacau gera emprego e renda e tem uma produção entrelaçada a tradições locais, receitas e festivais. Não existe cacau sem pessoas. O cacau brasileiro é coletivo”, afirma Ricardo Gomes, gerente de Desenvolvimento Territorial do Instituto Arapyaú.
Atualmente, o Brasil é o sexto maior produtor de cacau do mundo com cerca de 200 mil toneladas de amêndoas por ano, mas ainda não é autossuficiente. Ou seja, precisa importar para suprir sua demanda interna. “A aposta da iniciativa é somar esforços com políticas públicas que contribuam para que o país retome o protagonismo da cadeia de valor e suprimentos global do cacau”, diz Guilherme Salata, coordenador do CocoaAction Brasil.









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